Que fumar faz mal para o pulmão, todo mundo sabe. Mas, e quanto à relação entre tabagismo e problemas no coração, especificamente? O cigarro pode estar por trás de doenças cardiovasculares graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão, entre outras.
Já que maio é o mês do Dia Mundial Sem Tabaco, que tal falarmos a respeito? Neste artigo, mostramos quais são as cardiopatias mais associadas ao tabagismo. Veja, também, os respectivos sinais e sintomas e que exames são necessários para diagnosticá-las. Continue a leitura e saiba mais!
Tabagismo e problemas no coração
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo mata mais de oito milhões de pessoas por ano. Isso faz do cigarro a principal causa de mortes evitáveis no mundo, sendo capaz de reduzir a expectativa de vida em 20 anos.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. De acordo com a OMS, cerca de 20% das mortes por cardiopatias são decorrentes do tabaco.
Sabe como isso é possível? Simples: cada cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, as quais entram na corrente sanguínea e são extremamente prejudiciais à saúde.
Apesar de o pulmão ser o principal órgão afetado, uma vez que todos os sistemas do organismo estão interligados, os malefícios vão muito além. Isso explica, por exemplo, a relação entre tabagismo e problemas no coração.
Assim, as substâncias presentes no cigarro (convencional e eletrônico) afetam o sistema cardiovascular, pois:
- elevam a frequência cardíaca e a pressão arterial;
- favorecem a formação de um ambiente pró-inflamatório;
- aumentam o colesterol ruim (LDL) e os triglicerídeos, bem como reduzem o colesterol bom (HDL);
- provocam o endurecimento e o estreitamento das artérias, fazendo o coração trabalhar mais intensamente;
- levam ao aparecimento de ateromas (placas de gordura), principalmente, nas artérias coronárias, cerebrais e dos membros inferiores;
- levam à formação de trombos (coágulos de sangue), pois alteram a função do endotélio (parede que reveste os vasos sanguíneos) e das plaquetas.
Dessa maneira, fumar pode provocar o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Entre elas, pode-se citar:
- hipertensão arterial (pressão alta);
- infarto do miocárdio;
- insuficiência cardíaca;
- derrame cerebral (AVC isquêmico); entre outras.
Vale destacar que, muitas vezes, o fumante apresenta comorbidades, tais como dislipidemias e diabetes. Tais doenças potencializam, ainda mais, o efeito do cigarro na inflamação, estreitamento e obstrução das artérias, acelerando a ocorrência das doenças associadas.
Principais sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de problemas cardiovasculares variam conforme o tipo de doença. Muitas vezes, o paciente apresenta:
- angina (dor no peito);
- falta de ar;
- arritmia cardíaca (sejam palpitações aceleradas ou lentidão nos batimentos);
- sudorese (suor frio);
- fadiga inexplicável;
- tontura (com ou sem desmaio);
- inchaços nos membros inferiores;
- paralisia facial, fala enrolada e/ou perda da força muscular.
Exames usados nos diagnósticos
Caso apresente um ou mais indícios de problemas, deve-se procurar um cardiologista e fazer um check-up do coração. Esse consiste na anamnese e na realização de alguns exames físicos e complementares.
As indicações, por sua vez, variam conforme o quadro clínico individual. Em geral, os médicos solicitam:
- exames laboratoriais, como hemograma completo, glicemia, perfil lipídico, hormônios tireoidianos, urina tipo 1, ácido úrico, entre outros;
- exames de imagem, como eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico, holter 24 horas, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), ecocardiograma, ecodopplercardiograma, ressonância magnética, angiotomografia coronariana, angioressonância, entre outros.
Para se aprofundar no assunto, leia: “Quais exames cardiológicos podem detectar problemas no coração?”
Quais os benefícios para quem para de fumar?
Os benefícios para quem deixa de fumar são inúmeros. Imediatamente após deixar o cigarro, ocorre:
- a estabilização da frequência cardíaca, dentro de 20 minutos;
- a normalização do nível de monóxido de carbono no sangue, em até 12 horas.
Em seguida, começam a surgir as demais vantagens, gradativamente. É o caso da melhora da respiração, por volta da terceira semana, e da redução, em 50%, do risco de infarto, após um ano.
Em suma, parar de fumar faz bem para a saúde como um todo! Vale destacar que, depois de 15 anos sem cigarro, o risco de desenvolver doenças graves se torna próximo ao de quem nunca fumou.
Agora que você conhece a relação entre tabagismo e problemas no coração, assim como os benefícios para quem consegue parar de fumar, reflita a respeito. Além disso, lembre-se que, caso apresente sintomas suspeitos ou tenha mais de 35 anos, é importante realizar um check-up cardiológico, combinado?
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