Dor no pulmão: 6 causas e o que fazer

A dor no pulmão não apenas gera desconforto, como muita preocupação. Afinal, a primeira hipótese que muitos imaginam é a ocorrência de algum problema pulmonar. Porém, nem sempre é assim. Para se ter certeza da origem do sintoma, deve-se procurar um especialista e realizar alguns exames.

Neste artigo, mostramos o que pode levar à verdadeira dor pulmonar e quais são suas principais características. Explicamos também, o que fazer caso ela ocorra. Confira!

Como identificar a dor no pulmão?

A verdadeira dor no pulmão não é nada fácil de identificar. Muita gente se refere a ela quando, de fato, está sentindo dor na coluna torácica, nos músculos das costas (trapézio ou romboide maior) ou até no peito.

A dificuldade em precisar a dor no pulmão ocorre porque o que nos faz senti-la são os estímulos dolorosos mediados pelos nociceptores. Esses, por sua vez, são um tipo de neurônio que percebe a dor.

Os pulmões, no entanto, têm poucos nociceptores. É por conta disso, justamente, que doenças que afetam o tecido pulmonar (conhecido como parênquima) dificilmente provocam dores.

Em contrapartida, diversas estruturas adjacentes ao órgão são repletas de nociceptores. É o caso da:

• pleura (membrana que reveste os pulmões e a parede interna do tórax);
• coração;
• esôfago;
• coluna vertebral;
• caixa torácica.

Isso explica porque, muitas vezes, uma dor que parece ter origem no pulmão, na verdade, sequer se relaciona ao órgão. Às vezes, ela tampouco está ligada a algum problema. Uma situação relativamente comum é o incômodo devido à pressão que o útero faz nos demais órgãos, durante o último trimestre de gestação. Em certos casos, até os pulmões acabam sendo empurrados, gerando um tipo de desconforto na região.

Quais são as causas para seu surgimento?

A dor no pulmão legítima costuma ser provocada por problemas que afetam o órgão e, geralmente, também a pleura (que é de onde parte maior o incômodo). Ela se caracteriza por:

• ser uma dor persistente, localizada na parte de cima das costas;
• que piora ao inspirar profundamente, ao espirrar ou, até mesmo, ao pressionar a região;
• associada a febre, tosse constante e/ou dificuldade para respirar;
• que não melhora com o alongamento do tronco nem com o repouso.

Sendo assim, são possíveis causas para a dor pulmonar real:

1. infecções respiratórias, como pneumonia (viral ou bacteriana), tuberculose, complicações da Covid-19, entre outras;
2. asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), as quais deixam as vias aéreas mais estreitas e inflamadas, levando a broncoespamos;
3. pleurite (inflamação da pleura) devido à embolia pulmonar (obstrução de um ou mais vasos sanguíneos do pulmão, o que pode levar ao chamado infarto pulmonar);
4. pneumotórax (ou colapso pulmonar), problema que ocorre quando o ar escapa do pulmão e fica entre o órgão e a parede torácica;
5. hiperventilação, sintoma que ocorre devido a crises de ansiedade ou em momentos de pânico;
6. derrame pleural, por conta do excesso de fluido na pleura, o que pode ter relação com problemas como infecções pulmonares, insuficiência cardíaca, pancreatite, câncer, entre outras doenças graves.

Quando realizar um check-up pulmonar?

Independentemente de ter certeza de que se trata de uma dor no pulmão ou nas estruturas adjacentes, é preciso ter atenção. Se o sintoma durar mais de 24 horas, sem sinalizar nenhuma melhora, ou se aumentar repentinamente, procure ajuda médica — de preferência, um pneumologista.

Após a avaliação clínica e física, realizadas no consultório, se levantada a suspeita, o profissional pode solicitar alguns exames complementares, para fazer um check-up pulmonar. Esse costuma ser composto por exames como:

• raio X ou tomografia computadorizada do tórax;
• espirometria;
• medida da difusão de monóxido de carbono (DLCO);
• pletismografia corporal;
• prova de função pulmonar;
• exames de sangue; entre outros.

A partir dos achados, pode-se definir o diagnóstico e, finalmente, começar o tratamento adequado da dor no pulmão. As estratégias adotadas variam conforme a origem do sintoma, indo da administração de antibióticos, prescritos para infecções respiratórias, ao uso de dreno, para derrame pleural.

Esperamos que o artigo tenha sido bem informativo. Em todo caso, se ainda houver dúvidas a respeito, entre em contato para que possamos ajudar.

Além disso, se precisar realizar um check-up pneumológico, conte com a equipe Anga. Acesse nossa central de marcação, faça seu agendamento e realize todos os exames necessários!