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O câncer ginecológico mais comum no Brasil é o câncer do colo do útero. Segundo o Inca, estima-se que ocorrerão 17 mil novos casos da doença para cada ano do triênio entre 2023 e 2025. Outras neoplasias ginecológicas menos frequentes são os cânceres de ovário, de endométrio e de vulva.
Neste artigo, mostramos quais exames costumam ser solicitados pelos médicos para detectar cada um desses tumores. Explicamos, também, como os exames de rotina facilitam o diagnóstico precoce e, consequentemente, o prognóstico da doença. Para se aprofundar no assunto, continue a leitura!
Quais exames detectam um câncer ginecológico?
A detecção de um câncer ginecológico pode ser feita por meio de:
- exames bastante conhecidos, como o Papanicolau e as ultrassonografias;
- exames solicitados em casos específicos, como a colposcopia, os marcadores tumorais e as biópsias.
A seguir, mostramos como esses e outros exames ajudam os médicos a diagnosticar os principais tipos de neoplasias genitais femininas. Confira!
Câncer do colo do útero
O Papanicolau é a principal maneira de detectar lesões pré-cancerosas existentes no colo uterino. Ele é feito por meio da análise laboratorial de células da região, coletadas no próprio consultório ginecológico. Em caso de resultados anormais, é preciso aprofundar a investigação.
Para tanto, costuma-se solicitar a colposcopia, a qual permite ao examinador observar o colo do útero com alto nível de detalhamento. O diagnóstico definitivo, no entanto, só é obtido por meio de biópsia (por colposcopia, curetagem endocervical ou conização).
Câncer de ovário
O diagnóstico do câncer de ovário costuma partir dos achados suspeitos revelados na ultrassonografia transvaginal. Para aprofundar a investigação, o médico solicita o exame de sangue do marcador tumoral CA-125.
Se as suspeitas continuarem, pode-se pedir exames de imagem complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) ou colonoscopia. A confirmação, entretanto, exige a realização da biópsia do tumor, obtida na cirurgia de retirada ou, em casos mais raros, por videolaparoscopia ou punção.
Câncer de endométrio
O primeiro exame, geralmente, solicitado em caso de suspeita de câncer de endométrio (o câncer de corpo do útero mais comum) é a ultrassonografia transvaginal. Por vezes, o médico também pode pedir uma ultrassonografia da pelve.
A confirmação da doença é feita por meio de biópsia. A análise histopatológica pode ser feita em uma amostra aspirada (a chamada biópsia endometrial, realizada somente em mulheres menopausadas), obtida por histeroscopia ou por dilatação e curetagem.
Câncer de vulva
O histórico clínico e o exame físico são essenciais para levantar a suspeita da doença. A confirmação, no entanto, exige a realização de uma biópsia. Dependendo do resultado, pode-se solicitar exames complementares, tais como exames de sangue, cistoscopia, proctoscopia ou sigmoidoscopia rígida, entre outros.
Como fazer o diagnóstico precoce do câncer ginecológico?
O check-up de saúde regular é a melhor maneira de diagnosticar um câncer ginecológico (ou qualquer outra doença) em fase inicial. Vale destacar, aliás, que a detecção precoce não apenas aumenta as chances de cura da doença, como implica em tratamentos mais simples.
Para decidir quais exames são necessários para cada paciente, o ginecologista considera:
- a faixa etária da paciente;
- o quadro de saúde individual;
- os históricos clínicos pessoal e familiar;
- as comorbidades;
- os hábitos de vida;
- os comportamentos de risco e
- os sinais e sintomas apresentados.
Vale destacar que um check-up de rotina bem feito evita exames desnecessários. Portanto, as solicitações médicas devem ser individualizadas, ou seja, centradas nas necessidades da paciente — sem exageros.
Quando um câncer ginecológico é confirmado, o ginecologista encaminha a paciente para um oncologista, de preferência, especialista em neoplasias do sistema reprodutivo feminino. Caberá a ele indicar o tratamento adequado, sempre visando o melhor desfecho possível. Em estágios iniciais, muitas vezes, a cirurgia para ressecção do tumor e das margens de segurança é a abordagem padrão.
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