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Existe algum exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro?

Atualizado em: 13/02/2023 | Publicado em:

Não existe nenhum exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro. O que existe, além do hemograma completo, são exames de sangue específicos, que ajudam no rastreamento de determinados tipos de neoplasias. É o caso de uma série de marcadores tumorais circulantes.

Neste artigo, mostramos quais são os indícios da doença e o que fazer em caso de suspeita. Além disso, explicamos a importância do diagnóstico precoce para um bom prognóstico. Confira!

Quais são os primeiros sinais e/ou sintomas do câncer?

Em seu estágio inicial, o câncer é assintomático. Mas, conforme o tumor cresce, sua presença pode afetar as áreas próximas, provocando um ou mais sinais de alerta, tais como:

  • sensação contínua de fadiga;
  • perde de apetite;
  • perda de peso inexplicável;
  • náuseas e vômitos frequentes;
  • constipação ou diarreia recorrentes;
  • suores noturnos;
  • tosse crônica;
  • febre constante;
  • presença de sangue na urina ou nas fezes;
  • ferida ou ulceração cutânea que não cicatriza;
  • pinta ou mancha na pele que cresce ou muda sua aparência;
  • aumento dos linfonodos (como no pescoço, virilha e axilas);
  • dor nova e persistente, devido à irritação e/ou compressão de tecidos próximos.

Ainda em sua fase inicial, alguns tipos de tumores podem desencadear reações incomuns (conhecidas como síndromes paraneoplásicas), devido às substâncias que secretam na corrente sanguínea. Nesses casos, pode-se apresentar:

  • síndromes do trato digestivo, resultando em baixos níveis de proteína no sangue;
  • síndromes endócrinas, levando ao aumento do hormônio cortisol;
  • síndrome hipercalcêmica, deixando os níveis de cálcio no sangue muito altos;
  • síndromes cutâneas, as quais geram coceiras, rubor e, por vezes, doenças de pele;
  • síndromes neurológicas, provocando a disfunção dos nervos periféricos; entre outras.

Além disso, existem as alterações reveladas nos check-ups de rotina, conhecidos como exames preventivos. É o caso, por exemplo:

  • da anemia, mostrada no hemograma;
  • dos nódulos, mostrados na mamografia;
  • da infecção pelo papilomavírus humano (HPV), mostrada no Papanicolau;
  • das alterações na dosagem do antígeno prostático específico, mostradas no PSA;
  • dos pólipos, mostrados na colonoscopia;
  • das lesões, mostradas na endoscopia digestiva alta; entre outros.

O que fazer quando se suspeita estar com câncer?

A ocorrência desses sinais e sintomas, na maioria das vezes, não tem relação com um tumor maligno, mas sim com outras condições. Por isso, caso suspeite estar com câncer, marque uma consulta com seu médico de rotina (ou clínico geral) e informe-o sobre o que vem apresentando.

Para investigar o quadro, ele realizará alguns exames físicos e solicitará outros complementares (laboratoriais e de imagem). A partir dos resultados, conforme a alteração constatada, será feito o encaminhamento para o devido especialista — se necessário, um oncologista.

Existe algum exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro?

Ao contrário do que muita gente pensa, não existe um exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro. Ou seja, não há um teste único, capaz de revelar tumores malignos presentes em qualquer parte do organismo.

O que existe são exames de sangue específicos, usados na triagem de pessoas que têm risco aumentado para determinadas neoplasias, com o objetivo de identificá-las precocemente. Tratam-se dos testes de detecção de marcadores tumorais circulantes.

Esses medem os sinais biológicos presentes no sangue (bem como na urina, fezes e fluidos corporais), os quais são eliminados, em quantidades maiores, por células cancerígenas, sugerindo a presença de diversos tipos de câncer. São exemplos:

  • alfa-fetoproteína (AFP), para investigar a suspeita de câncer de fígado;
  • teste CA-125, para a suspeita de câncer de ovário;
  • C-kit/CD 117, para a suspeita de melanoma da mucosa, leucemia mieloide aguda, tumor estromal gastrointestinal (GIST) e doença mastocitária;
  • CD22, para a suspeita de leucemia de células piloides e neoplasuas de células B.
  • calcitonina, para suspeita de câncer medular da tireoide;
  • cromogranina A (CgA), para suspeita de tumores neuroendócrinos;
  • enolase específica de neurônios (NSE), para suspeita de câncer de pulmão de pequenas células e neuroblastoma;
  • fosfotase ácida prostática (PAP), para suspeita de câncer de próstata avançado;
  • fusão do gene PML/RARa, para suspeita de leucemia promielocítica aguda (LPA);
  • gene de fusão BCR/ABL, para suspeita de leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda e leucemia mieloide aguda;
  • JAK2 mutação no gene, para suspeita de diversos tipos de leucemia;
  • PSA, para suspeita de câncer de próstata; entre outros.

Dessa forma, os exames de sangue são úteis não apenas para determinar a saúde geral, mas podem revelar substâncias que ajudam a diagnosticar o câncer. No entanto, para confirmar o diagnóstico, a realização de exames de imagem e biópsias é imprescindível.

Por que o diagnóstico precoce é tão importante?

O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento menos agressivo e mais eficiente, aumentando as chances de cura da doença. Assim, quanto mais cedo um tumor for identificado, melhor.

Mas, uma vez que seus sintomas se manifestam, apenas, em estágios avançados, a única forma de descobri-lo precocemente é por meio dos exames de rotina. Portanto, ainda que não exista um exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro, há diversas formas de rastreá-lo a tempo do tratamento oportuno, favorecendo o prognóstico. Para isso, basta fazer os check-ups médicos regularmente!

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato. Nosso time está à disposição para ajudá-lo!

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