“Como saber se tenho endometriose?” Essa é uma dúvida comum a muitas mulheres, uma vez que os sintomas da doença são inespecíficos. Felizmente, com o diagnóstico correto, obtido por determinados exames, pode-se administrar ou tratar o problema, favorecendo a qualidade de vida de quem o apresenta.
Neste artigo, mostramos os principais aspectos sobre a doença e o caminho percorrido para identificá-la. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas.
O que é endometriose?
A endometriose é uma doença inflamatória provocada por fragmentos de tecido endometrial (o qual reveste internamente o útero) instalados fora do útero. O problema ocorre quando as células do endométrio, em vez de serem expelidas durante a menstruação, vão para os ovários ou para outras partes da cavidade abdominal ou da pelve. Nesses locais, elas se multiplicam e passam a sangrar, geralmente, provocando dor.
Causas e fatores de risco
As razões pelas quais o deslocamento do tecido endometrial ocorre ainda não são conhecidas. Em relação aos fatores de risco, a endometriose costuma ocorrer com mais frequência em parentes de primeiro grau (mãe e filhas) que tiveram a doença. Além disso, é mais comum naquelas:
- que nunca ficaram grávidas;
- que tiveram o primeiro bebê após os 30 anos;
- que começaram a menstruar muito cedo;
- que têm ciclos menstruais curtos (inferiores a 27 dias), com menstruações longas (acima de oito dias) e fluxo intenso;
- apresentam alguns tipos de anomalias estruturais no útero.
Locais onde costuma surgir
O tecido endometrial ectópico, na maioria dos casos, costuma se instalar:
- nos ovários;
- nos ligamentos que sustentam o útero;
- no espaço entre o reto e a vagina ou o colo do útero;
- no espaço entre a bexiga e o útero.
Além disso, há registro de lesões encontradas em locais menos frequentes, tais como:
- nas trompas de Falópio;
- no colo do útero;
- nos ureteres (canais que conectam os rins à bexiga);
- no revestimento externo do intestino delgado e do intestino grosso;
- na bexiga;
- na vagina;
- na vulva;
- na pleura (membrana que reveste os pulmões);
- no pericárdio (membrana que reveste o coração);
- em cicatrizes cirúrgicas presentes no abdome; entre outras regiões.
Sintomas
A endometriose pode ser assintomática ou provocar sintomas de diferentes graus, cuja intensidade varia de mulher para mulher. Isso ocorre porque o tecido endometrial ectópico reage aos hormônios assim como o tecido endometrial normal. Sendo assim, muitas vezes, a doença gera:
- cólicas incapacitantes, sobretudo antes e durante a menstruação;
- dores durante as relações sexuais;
- sangramentos urinários e/ou intestinais, durante a menstruação;
- por vezes, infertilidade.
Como saber se tenho endometriose?
Quando uma mulher vai ao ginecologista e pergunta “como saber se tenho endometriose”, o profissional primeiro faz uma anamnese detalhada, visando reconhecer possíveis sintomas da doença. Além disso, realiza-se o exame ginecológico, buscando possíveis alterações.
Caso haja suspeita, solicitam-se alguns exames de imagem para visualização das lesões. É o caso, por exemplo, da ultrassonografia doppler transvaginal para pesquisa de endometriose.
Para saber mais sobre a US doppler, confira: O que é ultrassonografia com doppler?
No entanto, o diagnóstico definitivo da endometriose pode exigir a realização de biópsia. Nesses casos, costuma-se analisar a região e remover as lesões encontradas por meio de laparoscopia, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo.
Como é o tratamento da doença?
Deve-se considerar que a endometriose é uma doença que regride, naturalmente, com a entrada na menopausa. Dessa maneira, o tratamento, quando indicado, depende da intensidade dos sintomas, da idade da mulher e dos seus planos reprodutivos.
Nas mais jovens, que não têm intenção de engravidar no momento, pode-se usar medicamentos que suspendem a menstruação (anticoncepcionais orais). Indica-se, também, medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que aliviam as dores e ajudam a retardar o avanço da doença.
No entanto, em caso de lesões grandes, pode-se indicar a resseção do tecido endometrial ectópico, por meio de cirurgia. Já para mulheres que já tiveram a quantidade de filhos que desejavam, pode-se optar pela cirurgia para remoção do útero e dos ovários.
Para concluir, a melhor forma de responder à pergunta “como saber se tenho endometriose” é consultando seu ginecologista. Em caso de suspeita (sintomas típicos ou infertilidade), o especialista solicitará os exames necessários para confirmar o quadro e dar início ao tratamento mais adequado. Se precisar, conte com o Anga para isso.
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