Junho Vermelho e a importância de doar sangue

Junho Vermelho é uma campanha em prol da doação regular de sangue. Ela objetiva incentivá-la, tanto por uma questão de consciência social, como por amor ao próximo. Isso porque, manter os estoques de sangue em níveis seguros permite realizar tratamentos vitais, bem como prover socorro em casos de emergência.

Neste artigo, mostramos quais são os tipos sanguíneos, quem pode doar sangue e como funciona a compatibilidade para doadores e receptores. Aproveite a leitura e tire suas dúvidas!

O que é a campanha Junho Vermelho?

A campanha Junho Vermelho foi criada pelos idealizadores do Movimento Eu Dou Sangue. Junho foi escolhido por “abrigar” o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado no 14º dia do mês. O vermelho, obviamente, faz referência à cor do sangue.

O propósito da campanha é ajudar a criar uma cultura da doação de sangue no País. De acordo com o Ministério da Saúde, 1,6% da população brasileira é doadora regular — desses, 60% são homens e 40% são mulheres. Ainda que esse percentual esteja dentro dos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é possível (e preciso) aumentá-lo.

Por que é importante doar sangue?

A doação de sangue é um ato voluntário e pode ser feita em duas situações:

• eventualmente, para atender à necessidade de um ente específico;
• regularmente, com o objetivo de manter os estoques de sangue em níveis seguros.

Aqui, cabe um alerta: desde o início da pandemia de Covid-19, os bancos de sangue e os hemocentros estão sofrendo com a diminuição das doações. Especialistas reforçam que o problema é que a demanda voltou a crescer, mas a oferta não está aumentando na mesma proporção. Isso pode levar a um cenário grave, no qual:

• será preciso remarcar cirurgias;
• não será possível receber novos pacientes em hospitais;
• será necessário adiar tratamentos vitais, colocando vidas em risco.

Quem pode e quem não pode doar?

Está convencido da importância de doar sangue? Então, veja o que é preciso para participar do Junho Vermelho! Para isso, basta:

• estar em boas condições de saúde;
• pesar no mínimo 50 kg;
• ter entre 16 e 69 anos (sendo que menores precisam da autorização de um responsável legal e maiores de 60 só podem doar caso já tenham feito antes dessa idade).

Impeditivos temporários

Além de atender aos requisitos mencionados, para doar sangue com segurança, é preciso observar alguns impeditivos temporários. São eles:

• ter tomado vacina nos últimos dias (o tempo de espera varia conforme o tipo de imunizante);
• ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
• ter extraído algum dente nos últimos três dias;
• ter apresentado febre, diarreia, resfriado ou gripe nos últimos sete dias;
• estar grávida ou no período pós-parto (90 dias para parto normal e 180 para cesariana);
• ter tratado apendicite, amigdalite, hérnia ou varizes nos últimos três meses;
• ter feito histerectomia, nefrectomia, colecistectomia, tireoidectomia, colectomia, redução de fraturas ou ter sofrido politraumatismos (sem sequelas graves) nos últimos seis meses;
• ter feito exames ou procedimentos que utilizam o endoscópio nos últimos seis meses;
• ter feito tatuagem ou piercing no último ano;
• ter recebido transfusão de sangue no último ano;
• ter se exposto a situações de risco para infecções sexualmente transmissíveis (IST) no último ano.

Impeditivos permanentes

Existem, ainda, os fatores que impossibilitam a doação de sangue. É o caso de quem:

• teve hepatite após os 11 anos;
• teve malária;
• tem Aids (ou HIV)
• tem hepatites B ou C;
• tem doenças associadas ao vírus HTLV I e II;
• tem Doença de Chagas;
• possui piercing na boca ou nos genitais;
• usa drogas ilícitas injetáveis.

Quais são os tipos sanguíneos?

Existem oito tipos de sangue diferentes: A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+ e AB-. Tal informação é obtida por meio do exame de tipagem sanguínea.

Conhecer o seu tipo sanguíneo é importante não apenas na hora de doar, mas também para:

• prevenir problemas no parto, no caso de mulheres com fator Rh negativo;
• ser atendido com maior agilidade em caso de emergência.

As transfusões sanguíneas são feitas com base nas classificações ABO e Rh, a qual assegura que os pacientes recebam um sangue compatível com o seu. Veja como funciona a compatibilidade para doadores e receptores:

• sangue A+ pode doar para A+ e AB+ e pode receber de A+, A-, O+ e O-;
• sangue A- pode doar para A+, A-, AB+ e AB- e pode receber de A- e O-;
• sangue B+ pode doar para B+ e AB+ e pode receber de B+, B-, O+ e O-;
• sangue B- pode doar para B+, B-, AB+ e AB- e pode receber de B- e O-;
• sangue AB+ pode doar para AB+ e pode receber de todos os tipos;
• sangue AB- pode doar para AB+ e AB- e pode receber de A-, B-, AB- e O-;
• sangue O+ pode doar para A+, B+, O+ e AB+ e pode receber de O+ e O-;
• sangue O- pode doar para todos os tipos, mas só pode receber de O-.

Quem costuma se beneficiar das doações?

Uma única doação, de uma pequena quantidade de sangue, pode salvar até quatro vidas. Ela é tanto destinada para emergências médicas variadas, como para os cuidados de pessoas submetidas a tratamentos ou intervenções de grande porte e/ou complexidade. É o caso, por exemplo, de pacientes que precisam de:

• transfusões de sangue;
• transplantes;
• tratar determinados tipos de câncer;
• realizar cirurgias complexas, programadas ou de urgência.

Para concluir, quando se trata de sangue, não há alternativas. Infelizmente, ele não pode ser substituído por nenhuma outra substância. Por isso, o Junho Vermelho é uma ação que merece apoio incondicional. Aqui no Anga, fazemos questão de doar e buscamos conscientizar e encorajar as pessoas a fazerem o mesmo!

Caso haja alguma dúvida, entre em contato. Aproveite, também, para seguir o Anga no Facebook e Instagram e acompanhe nossas dicas de saúde e bem-estar!