Fevereiro Laranja e Roxo são duas campanhas de conscientização sobre quatro doenças graves: leucemia, fibromialgia, Alzheimer e lúpus. O principal objetivo é mostrar o quanto o diagnóstico precoce pode fazer diferença na qualidade de vida dos portadores dessas condições.
No Anga Medicina Diagnóstica, apoiamos essa ideia. Neste artigo, vamos discorrer sobre o assunto. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
O que é o Fevereiro Laranja e Roxo?
O mês de fevereiro é marcado por duas ações em prol do diagnóstico precoce. São elas:
- Fevereiro Laranja, criada em 2005, pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), dedicada à conscientização sobre a leucemia, assim como sobre à necessidade de ser doador de sangue e de medula óssea;
- Fevereiro Roxo, criada em 2014, por diversas organizações não governamentais (ONG), focada na conscientização sobre a fibromialgia, Alzheimer e lúpus — todas as doenças crônicas e incuráveis.
Como diagnosticar essas doenças?
O diagnóstico varia conforme o tipo de patologia e seu estágio de desenvolvimento. Confira a seguir.
Leucemia
A leucemia é um câncer dos glóbulos brancos do sangue, no qual as células cancerosas se acumulam na medula óssea. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ela ocupa a nona posição entre as neoplasias mais comuns em homens e a 11º em mulheres.
Existem diversos tipos de leucemia, sendo quatro deles primários:
- leucemia mieloide aguda (LMA);
- leucemia mieloide crônica (LMC);
- leucemia linfocítica aguda (LLA);
- leucemia linfocítica crônica (LLC);
A detecção precoce permite abordar o tumor em fase inicial, aumentando as chances de tratamento. Ela é feita a partir de alterações em exames clínicos, laboratoriais e/ou de imagem, solicitados em check-ups de rotina ou para investigar sintomas genéricos.
Se os resultados desses exames levantarem a suspeita de leucemia, inicia-se o rastreamento da doença. Esse é feito por meio de:
- hemograma;
- exames de bioquímica;
- exames de coagulação;
- mielograma, seguido de análise citológica, citogenética, molecular e imunofenotípica;
- biópsia da medula óssea.
A maioria dos tipos de leucemia não pode ser prevenida. Portanto, o diagnóstico precoce é essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença.
Fibromialgia
A fibromialgia (FM) é uma condição que gera dor muscular generalizada e crônica, sem deixar evidências de inflamação. Trata-se de uma doença relativamente comum, que acomete 2,5% da população mundial.
O diagnóstico é baseado na análise dos sintomas e exames físicos, bem como nos resultados de exames laboratoriais complementares. Como não pode ser prevenida, a detecção precoce permite adotar medidas para retardar o agravamento dos sintomas, ou seja, melhora a qualidade de vida dos portadores.
Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) ou Mal de Alzheimer se caracteriza pela perda das funções cognitivas (memória, atenção, orientação e linguagem). Isso ocorre devido a perdas neurais, decorrentes de alterações nas células cerebrais — presentes antes da manifestação dos sintomas demenciais.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), existem 35,6 milhões de pessoas com a doença no mundo. Dessas, 1,2 milhão estão no Brasil.
O rastreamento deve ser feito aos primeiros sinais de comprometimento das funções cerebrais. Ele parte de exames clínicos e de sangue, bem como da ressonância magnética do crânio. Além disso, indica-se um check-up neuropsicológico completo, para avaliar o grau de comprometimento das funções cognitivas.
A detecção do Alzheimer, ainda em estágios iniciais, permite retardar o seu avanço, assim como ter um melhor controle sobre os sintomas. Dessa forma, é benéfica tanto para a qualidade de vida do paciente como de sua família.
Lúpus
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória de origem autoimune, que afeta músculos e tecidos. Seu aparecimento se deve a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Existem dois tipos:
- lúpus cutâneo, que se manifesta por meio de manchas na pele (rash cutâneo);
- lúpus sistêmico, no qual os órgãos internos são comprometidos.
O diagnóstico é clínico, baseado em sintomas, bem como em alterações mostradas nos exames de sangue e urina. Além disso, o exame de fator ou anticorpo antinuclear (FAN) possibilita uma detecção bastante assertiva.
Não é possível prevenir o lúpus. Porém, quando descoberto precocemente, pode-se iniciar o tratamento (individualizado) quanto antes, controlando a atividade inflamatória da doença e melhorando a qualidade de vida do paciente.
Por que o diagnóstico precoce é tão importante?
Como mostrado, o diagnóstico precoce possibilita tratar essas doenças em seus estágios iniciais. Isso, por sua vez, ajuda a retardar ou controlar seus sintomas — o que aumenta a longevidade e a qualidade de vida dos portadores.
Por isso, a orientação da campanha Fevereiro Laranja e Roxo é clara: vá às consultas médicas de rotina e faça os exames periódicos. Por mais básicos que pareçam, são eles que viabilizam a identificação precoce das patologias.
A partir de seus resultados, caso haja indícios suspeitos, realizam-se exames específicos e, só então, é possível descartar ou comprovar algum quadro. Se confirmado, é preciso começar o respectivo tratamento quanto antes, para que este, por sua vez, seja mais eficiente e gere menos efeitos colaterais!
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