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Provas de função hepática

As provas de função hepática são exames laboratoriais utilizados para avaliar o funcionamento do fígado e vesículas biliares. Isso, por sua vez, é feito por meio da dosagem dos marcadores da função hepática (enzimas e proteínas) existentes no sangue.

Quer saber mais sobre esses testes? Neste artigo, mostramos quando são solicitados, como são feitos e o que detectam. Confira!

Quais são os sintomas de problemas hepáticos?

A lista de sintomas é extensa e, muitas vezes, inespecífica. Veja alguns dos principais sinais:

  • amargor na boca;
  • ascite (barriga d’água);
  • cansaço constante;
  • circulação colateral (veias da região abdominal dilatadas);
  • distensão da veia jugular;
  • dor abdominal (no quadrante superior direito);
  • eritema palmar (palma avermelhada);
  • equimoses (manchas roxas na pele)
  • emagrecimento inexplicável
  • fezes claras;
  • ginecomastia (desenvolvimento de mamas em homens);
  • icterícia (coloração amarelada nos olhos e na pele);
  • fetor hepaticus (mau hálito hepático);
  • náuseas e perda do apetite;
  • taquicardia com pressão arterial baixa;
  • teleangiectasias (veias finas, conhecidas como aranhas vasculares);
  • tendência a sangramentos após traumas leves;
  • tremor rítmico das mãos;
  • sangramento digestivo;
  • urina escura; entre outros.

Para que servem as provas de função hepática?

As provas de função hepática são um conjunto de exames, geralmente, solicitado pelo gastroenterologista ou hepatologista. Uma vez que os sintomas dos problemas hepáticos podem tanto ser específicos como genéricos, esses testes ajudam a chegar ao diagnóstico.

Assim, elas servem para detectar inflamações, disfunções ou lesões hepáticasbem como determinar seu estadiamento (nível de gravidade e progressão) e risco de insuficiência hepática. Além disso, também são necessárias para orientar as terapêuticas, pois permitem aos especialistas acompanhar as respostas dos pacientes aos respectivos tratamentos.

Quais são os marcadores da função hepática?

As dosagens solicitadas pelos especialistas variam conforme o quadro de cada paciente. Nos check-ups de rotina, realizados em pacientes assintomáticos para identificar alguma doença oculta, costuma-se checar apenas:

  • as transaminases ou aminotransferases (TGO e TGP, também chamadas de ALT e AST);
  • a fosfatase alcalina (FAL);
  • a gama-glutamil transpeptidase (GGT ou gama GT).

Por outro lado, em pacientes com risco aumentado ou doenças hepáticas já diagnosticadas, recomenda-se uma investigação completa. Nesse caso, ela é composta pelas dosagens de:

  • 5’-nucleotidase (5’NTD);
  • TGO/TGP;
  • alfafetoproteína (AFP);
  • bilirrubinas total e frações (BTF);
  • desidrogenase láctica ou lactato desidrogenase (LDH);
  • FAL;
  • GGT;
  • proteínas (total e albumina);
  • tempo de protombina ativada (TAP) ou tempo de protombina (TP) e INR.

Como é o diagnóstico de problemas hepáticos?

Alterações nos valores das provas de função hepática nem sempre indicam a presença de uma doença. Segundo o American College of Gastroenterology (ACG), para chegar ao diagnóstico, além dos resultados dos testes, o médico ainda considera:

  • a idade;
  • o sexo;
  • a história clínica;
  • os medicamentos de uso habitual, incluindo fitoterápicos;
  • o histórico familiar, para averiguar se há distúrbios hereditários;
  • os fatores de risco associados, principalmente, o alcoolismo;
  • os achados nos exames físicos, realizados no consultório;
  • outros testes laboratoriais (como biópsia do fígado) e exames de imagem (ultrassonografia do fígado ou tomografia computadorizada do abdome), se necessário.

O que os exames podem detectar?

As provas de função hepática são feitas a partir de uma amostra de soro, obtida por meio da coleta de sangue. Para realizá-las, não é necessário fazer jejum.

Os exames ajudam a determinar se o problema tem origem no fígado e/ou vesículas biliares. Para isso, considera-se os níveis anormais de TGO e TGP em comparação aos padrões de FAL.

Por vezes, as alterações nos níveis dos marcadores podem indicar a presença de doenças. Por exemplo:

  • uma ligeira elevação da TGO pode ser indício de doença hepática crônica, hepatite C ou B, doença do fígado relacionada ao uso abusivo de álcool, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), doenças biliares, entre outras;
  • já uma grande elevação da TGO pode indicar hepatite viral aguda, doenças biliares com obstrução aguda, dano isquêmico (morte celular por falta de sangue no fígado), entre outras.

Para concluir, as provas de função hepática (como TGO/TGP, GGT, FAL, BTF e proteínas) são essenciais, tanto em exames de rotina quanto em investigações específicas. Para realizá-las, procure um centro de referência em medicina diagnóstica, o qual combine uma boa infraestrutura a um corpo clínico de excelência. Esse critério é essencial para obter resultados de qualidade!

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para saber mais sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde, siga o Anga no Facebook Instagram!

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