A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune. Isso significa que, nos seus portadores, as células de defesa do organismo atacam o próprio Sistema Nervoso Central (SNC), provocando lesões cerebrais e na medula espinhal. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, em plena idade produtiva, e gera dificuldades motoras e sensitivas. Sua causa ainda não é conhecida e a maneira como evolui difere de pessoa para pessoa.
Neste artigo, mostramos como diagnosticar a esclerose múltipla. Veja, também, como é o tratamento da doença.
Quais são os sintomas da esclerose múltipla?
A esclerose múltipla pode se manifestar por meio de sintomas variados, os quais, inclusive, assemelham-se aos de diversas outras doenças neurológicas. São eles:
- fadiga intensa, inesperada e, muitas vezes, incapacitante;
- alteração na fala e na deglutição;
- transtornos visuais, como visão embaçada;
- fraqueza muscular;
- vertigens e náuseas;
- problemas de equilíbrio;
- falta de coordenação motora;
- dores nas articulações;
- disfunção intestinal e da bexiga;
- disfunção sexual masculina e feminina;
- distúrbios emocionais, como ansiedade, depressão, transtorno de humor e bipolaridade;
- espasticidade (rigidez ao tentar se movimentar) dos membros inferiores;
- parestesia (sensação de formigamento ou queimação) em alguma parte do corpo;
- transtornos cognitivos, como comprometimento da memória e dificuldade para realizar tarefas; entre outros.
Trata-se de uma doença que não tem cura e, tampouco, pode ser prevenida. Outros pontos que costumam gerar dúvidas e precisam ser esclarecidos é que ela não é contagiosa e não é uma doença mental.
Em relação à sua prevalência, a EM acomete, principalmente, mulheres adultas, de pele branca, na faixa dos 20 aos 40 anos. Porém, também pode ocorrer em adolescentes e crianças, assim como em pessoas mais velhas e até idosos. Segundo a edição mais recente do Atlas da Esclerose Múltipla, ela afeta, globalmente, um em cada 3000 adultos.
Quais são os tipos de EM?
De acordo com os sintomas que manifesta, a doença é classificada em:
- esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) ou surto-remissão, quando a doença evolui em surtos, cujos sintomas surgem subitamente, mas a recuperação, parcial ou total, ocorre em seguida;
- esclerose múltipla primária progressiva (EMPP), quando a doença evolui sem surtos, mas cujos sintomas são progressivos e se acumulam com o passar do tempo;
- esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP), quando a doença evolui lenta e progressivamente, sem surtos.
Os referidos surtos (ou crises agudas) remetem o período em que os sintomas neurológicos se manifestam de maneira acentuada. No tipo surto-remissão (o mais comum), eles podem durar por dias ou até semanas.
Como diagnosticar a esclerose múltipla?
A primeira providência a ser tomada em caso de suspeita da doença é procurar um neurologista. O diagnóstico da esclerose múltipla é clínico e complementado por exames como:
- ressonância magnética (craniana, cervical, torácica e, em alguns casos, da lombar);
- exames hematológicos e de líquido cefalorraquidiano (que envolve o cérebro).
Para chegar ao diagnóstico, o médico considera as evidências de, pelo menos, dois episódios de distúrbios neurológicos, assim como a existência de lesões no SNC.
Para alguns pacientes a doença se caracteriza por períodos de surto e remissão. Para outros, segue um padrão progressivo.
O diagnóstico em fases iniciais pode melhorar o prognóstico. Apesar de não ser simples, felizmente, a ressonância magnética colabora muito nesse sentido.
Quem mora na região de Cacoal, Rondônia, pode realizá-la no Anga Medicina Diagnóstica. Somos o único centro de diagnóstico do Norte com selo de qualidade do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) em Ressonância Magnética.
Como é o tratamento da doença?
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento consiste em atenuar os afeitos e desacelerar a progressão. Na prática, ele busca reduzir a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro.
Para isso, recomenda-se a fisioterapia. Quando os movimentos estão comprometidos, a modalidade ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados.
Atividades físicas em geral também são bem-vindas. Embora os exercícios não alterem a evolução da doença, sua prática regular:
- fortalece os ossos;
- melhora o humor;
- ajuda no controle do peso;
- combate a fadiga.
Mas, para obter todos os benefícios associados às práticas esportivas, lembre-se de realizá-las sempre com o acompanhamento de um especialista. Apenas em caso de crises agudas, aconselha-se permanecer em repouso.
Além disso, o tratamento também é associado a determinados medicamentos, indicados pelo neurologista (como imunomoduladores ou imunossupressores). Esses reduzem a atividade inflamatória e, consequentemente, a intensidade e frequência dos surtos, bem como o acúmulo de incapacitações.
Mas, o mais importante aliado no tratamento da esclerose múltipla é a neurorreabilitação. Trata-se de um conjunto de especialidades (terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outras) cujo papel é diminuir a frequência dos sintomas. Ao mesmo tempo, a terapêutica contribui com a adaptação e a recuperação — quando possível.
Existem, ainda, as terapias de apoio complementares. É o caso da neurologia, da psiquiatria, da urologia, as quais colaboram para a melhora da capacidade de realizar as atividades do dia a dia.
Assim, apesar da EM não ter cura, existem inúmeras possibilidades para amenizar seus sintomas e contribuir com a preservação da autonomia de quem tem a doença. Com um acompanhamento multidisciplinar, pode-se ter uma melhor qualidade de vida, muito mais agradável e produtiva.
Mas, como diagnosticar a esclerose múltipla não é simples, seja criterioso ao escolher seu neurologista e o local onde irá realizar seus os exames. Caso tenha disponibilidade para vir a Cacoal, a equipe do Anga está pronta para ajudar!
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