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Tudo o que você precisa saber sobre esclerose múltipla

POR: - Médica Neurologista - CRM 144737 - RQE 69791 / RQE 69791-1
Atualizado em: 14/04/2022 | Publicado em:

esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune. Isso significa que, nos seus portadores, as células de defesa do organismo atacam o próprio Sistema Nervoso Central (SNC), provocando lesões cerebrais e na medula espinhal. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, em plena idade produtiva, e gera dificuldades motoras e sensitivas. Sua causa ainda não é conhecida e a maneira como evolui difere de pessoa para pessoa.

Neste artigo, mostramos como diagnosticar a esclerose múltipla. Veja, também, como é o tratamento da doença.

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

A esclerose múltipla pode se manifestar por meio de sintomas variados, os quais, inclusive, assemelham-se aos de diversas outras doenças neurológicas. São eles:

  • fadiga intensa, inesperada e, muitas vezes, incapacitante;
  • alteração na fala e na deglutição;
  • transtornos visuais, como visão embaçada;
  • fraqueza muscular;
  • vertigens e náuseas;
  • problemas de equilíbrio;
  • falta de coordenação motora;
  • dores nas articulações;
  • disfunção intestinal e da bexiga;
  • disfunção sexual masculina e feminina;
  • distúrbios emocionais, como ansiedade, depressão, transtorno de humor e bipolaridade;
  • espasticidade (rigidez ao tentar se movimentar) dos membros inferiores;
  • parestesia (sensação de formigamento ou queimação) em alguma parte do corpo;
  • transtornos cognitivos, como comprometimento da memória e dificuldade para realizar tarefas; entre outros.

Trata-se de uma doença que não tem cura e, tampouco, pode ser prevenida. Outros pontos que costumam gerar dúvidas e precisam ser esclarecidos é que ela não é contagiosa e não é uma doença mental.

Em relação à sua prevalência, a EM acomete, principalmente, mulheres adultas, de pele branca, na faixa dos 20 aos 40 anos. Porém, também pode ocorrer em adolescentes e crianças, assim como em pessoas mais velhas e até idosos. Segundo a edição mais recente do Atlas da Esclerose Múltipla, ela afeta, globalmente, um em cada 3000 adultos.

Quais são os tipos de EM?

De acordo com os sintomas que manifesta, a doença é classificada em:

  • esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) ou surto-remissão, quando a doença evolui em surtos, cujos sintomas surgem subitamente, mas a recuperação, parcial ou total, ocorre em seguida;
  • esclerose múltipla primária progressiva (EMPP), quando a doença evolui sem surtos, mas cujos sintomas são progressivos e se acumulam com o passar do tempo;
  • esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP), quando a doença evolui lenta e progressivamente, sem surtos.

Os referidos surtos (ou crises agudas) remetem o período em que os sintomas neurológicos se manifestam de maneira acentuada. No tipo surto-remissão (o mais comum), eles podem durar por dias ou até semanas.

Como diagnosticar a esclerose múltipla?

A primeira providência a ser tomada em caso de suspeita da doença é procurar um neurologista. O diagnóstico da esclerose múltipla é clínico e complementado por exames como:

Para chegar ao diagnóstico, o médico considera as evidências de, pelo menos, dois episódios de distúrbios neurológicos, assim como a existência de lesões no SNC.

Para alguns pacientes a doença se caracteriza por períodos de surto e remissão. Para outros, segue um padrão progressivo.

O diagnóstico em fases iniciais pode melhorar o prognóstico. Apesar de não ser simples, felizmente, a ressonância magnética colabora muito nesse sentido.

Quem mora na região de Cacoal, Rondônia, pode realizá-la no Anga Medicina Diagnóstica. Somos o único centro de diagnóstico do Norte com selo de qualidade do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) em Ressonância Magnética.

Como é o tratamento da doença?

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento consiste em atenuar os afeitos e desacelerar a progressão. Na prática, ele busca reduzir a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro.

Para isso, recomenda-se a fisioterapia. Quando os movimentos estão comprometidos, a modalidade ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados.

Atividades físicas em geral também são bem-vindas. Embora os exercícios não alterem a evolução da doença, sua prática regular:

  • fortalece os ossos;
  • melhora o humor;
  • ajuda no controle do peso;
  • combate a fadiga.

Mas, para obter todos os benefícios associados às práticas esportivas, lembre-se de realizá-las sempre com o acompanhamento de um especialista. Apenas em caso de crises agudas, aconselha-se permanecer em repouso.

Além disso, o tratamento também é associado a determinados medicamentos, indicados pelo neurologista (como imunomoduladores ou imunossupressores). Esses reduzem a atividade inflamatória e, consequentemente, a intensidade e frequência dos surtos, bem como o acúmulo de incapacitações.

Mas, o mais importante aliado no tratamento da esclerose múltipla é a neurorreabilitação. Trata-se de um conjunto de especialidades (terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outras) cujo papel é diminuir a frequência dos sintomas. Ao mesmo tempo, a terapêutica contribui com a adaptação e a recuperação — quando possível.

Existem, ainda, as terapias de apoio complementares. É o caso da neurologia, da psiquiatria, da urologia, as quais colaboram para a melhora da capacidade de realizar as atividades do dia a dia.

Assim, apesar da EM não ter cura, existem inúmeras possibilidades para amenizar seus sintomas e contribuir com a preservação da autonomia de quem tem a doença. Com um acompanhamento multidisciplinar, pode-se ter uma melhor qualidade de vida, muito mais agradável e produtiva.

Mas, como diagnosticar a esclerose múltipla não é simples, seja criterioso ao escolher seu neurologista e o local onde irá realizar seus os exames. Caso tenha disponibilidade para vir a Cacoal, a equipe do Anga está pronta para ajudar!

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Publicado por: - Médica Neurologista - CRM 144737 - RQE 69791 / RQE 69791-1

Médica Neurologista, lauda exames complementares no Anga Medicina Diagnóstica.

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