A vacinação infantil começa logo após o nascimento. Graças a ela, sequelas provocadas por doenças graves, como paralisia infantil, cegueira, surdez, retardos no desenvolvimento, entre outras, deixaram de assolar nossas crianças. Por isso, aderir ao calendário de vacinação, bem como às campanhas anuais, é fundamental.
Neste artigo, mostramos tudo sobre o assunto. Veja quais são as vacinas ofertadas para cada idade e o que se sabe, realmente, sobre a segurança dos imunobiológicos. Boa leitura!
O que levou à queda na cobertura vacinal?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência mundial. Mas, nos últimos anos, as aplicações no Brasil refletiram a tendência mundial de queda.
Apesar do histórico de altas taxas de cobertura vacinal, a diminuição tem a ver com a propagação do chamado movimento “antivacina”. Especialistas afirmam que ele ganhou força, justamente, porque os pais de hoje em dia não enxergam as consequências de doenças que, no passado, foram devastadoras.
Com a pandemia de Covid-19, o quadro de redução piorou ainda mais. Porém, sem a devida prevenção, enfermidades graves podem voltar — por isso, incentivar a vacinação infantil é essencial.
Por que a vacinação infantil é tão importante?
A vacinação infantil é um direito inalienável. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a aplicação dos imunizantes evita, a cada ano, de 4 a 5 milhões de mortes de crianças.
Assim, as vacinas servem para proteger a criança de uma série de doenças imunopreveníveis e suas possíveis sequelas. Além disso, é uma forma de preservar a saúde coletiva, impedindo que enfermidades erradicadas no passado retornem.
Para entender a gravidade, veja o exemplo: a varíola e a poliomielite, ainda que eliminadas do Brasil, são endêmicas em outros países. Se um grande contingente de brasileiros recusa a vacinar seus filhos, as chances de elas retornarem e se tornarem um problema de saúde pública aumentam.
Foi o que ocorreu com o vírus do sarampo, que também havia sido devastado do território nacional, mas, infelizmente, voltou.
Para o imunizante funcionar, deve-se respeitar o esquema vacinal determinado pelos órgãos competentes. Por isso, é necessário ficar atento ao calendário de vacinação, assim como às campanhas de imunização periódicas.
Quais são as vacinas indicadas por faixa etária?
O calendário de vacinação é elaborado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). De acordo com ele, em geral, as crianças devem receber as seguintes vacinas:
- BCG ID, por meio de uma dose única, dada ao nascer;
- hepatite B, com a primeira dose isolada, dada nas primeiras 12 horas de vida, e as três seguintes administradas combinadas, aos 2, 4 e 6 meses de idade, assim como 2 doses de reforço aplicadas dos 15 aos 18 meses e dos 4 aos 5 anos;
- tríplice bacteriana, com a primeira dose dada aos 2 meses, a segunda aos 4 e a terceira aos 6, sendo um reforço dado dos 15 aos 18 meses, outro entre os 4 e 5 anos e, mais um, entre os 9 e 10 anos;
- Haemophilus influenzae b (Hib), com a primeira dose dada aos 2 meses, a segunda aos 4 e a terceira aos 6, sendo um reforço dado dos 15 aos 18 meses;
- poliomielite, com a primeira dose dada aos 2 meses, a segunda aos 4 e a terceira aos 6, sendo um reforço dado dos 15 aos 18 meses e outro entre os 4 e 5 anos;
- rotavírus, 2 ou 3 doses, dependendo da vacina utilizada, aplicada entre 2 e 7 meses;
- pneumocócicas conjugadas, 2 ou 3 doses, dependendo da vacina utilizada, entre 2 e 6 meses, sendo um reforço dado dos 12 aos 15 meses;
- meningocócicas conjugadas ACWY/C, com a primeira dose dada aos 3 meses e a segunda aos 5 meses, sendo um reforço dado dos 12 aos 15 meses e o outro entre os 5 e 6 anos;
- meningocóciga B, com a primeira dose dada aos 3 meses e a segunda aos 5 meses, sendo um reforço dado dos 12 aos 15 meses;
- influenza (gripe), 1 dose anual, a partir dos 6 meses;
- poliomielite oral, aplicada nas campanhas nacionais de vacinação, entre 12 meses e 4 anos;
- febre amarela, com a primeira dose aos 4 meses e a segunda aos 4 anos;
- hepatite A, com a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 18 meses;
- tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), com a primeira dose aos 12 meses e a segunda entre os 15 e os 24 meses;
- varicela (catapora), com a primeira dose aos 12 meses e a segunda entre os 15 e os 24 meses;
- HPV, 2 doses, com intervalo de 6 meses, a partir dos 9 anos;
- dengue, 3 doses para soropositivos, a partir dos 9 anos, com intervalo de 6 meses entre elas;
- Covid-19, 1 ou mais doses, dependendo da vacina utilizada, administrada entre os 5 e os 11 anos — sendo que é preciso esperar 15 dias de intervalo entre a imunização contra a Covid-19 e outras vacinas.
Como é a segurança da vacinação infantil?
A vacinação infantil segue protocolos de segurança rigorosos. Antes de passarem por diversos testes, os imunizantes são validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Mesmo que algumas crianças sintam efeitos adversos, como dor localizada temporária e/ou febre no dia da aplicação, eles são infinitamente preferíveis aos riscos de não tomar as vacinas. Afinal, as reações nada mais são do que o sinal de que o organismo está reagindo e criando anticorpos contra a respectiva enfermidade.
Em relação à vacinação infantil contra a Covid-19, especificamente, o imunizante também é considerado seguro e eficiente. O percentual de efeitos adversos é baixo, limitando-se a casos leves de dor no local da injeção, cansaço e/ou dor de cabeça.
Assim, a vacinação infantil é segura e indispensável. Ignore as notícias falsas e mantenha as vacinas dos seus filhos sempre em dia. Dessa maneira, a saúde deles, assim como de toda a sociedade, só tem a ganhar!
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