(69) 3443-0410
A síndrome metabólica (SM) é uma condição que costuma levar a ocorrência de um conjunto de doenças, cuja base é a resistência insulínica. É o caso das cardiopatias, das dislipidemias, do diabetes tipo 2, da doença renal crônica, entre tantas outras.
Neste artigo, explicamos mais sobre o distúrbio e mostramos algumas das muitas enfermidades a ele associadas. Veja, também, como é o diagnóstico da SM e quais ações ajudam a preveni-la. Boa leitura!
O que é síndrome metabólica?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), não existe um único conceito, aceito universalmente, para descrever a síndrome metabólica. No consenso brasileiro, considera a sua ocorrência quando há, pelo menos, três dos cinco critérios abaixo:
- circunferência abdominal aumentada, sendo superior a 88 cm, nas mulheres, e a 102 cm, nos homens;
- pressão alta (hipertensão arterial);
- glicemia elevada ou diagnóstico de diabetes;
- colesterol e triglicerídeos elevados;
- baixo HDL (o colesterol “bom”), sendo inferior a 50 mg/dL, em mulheres, e a 40 mg/dL, em homens.
Na prática, quando essas condições estão reunidas, existe um elo de ligação chamado resistência insulínica. A insulina, cabe lembrar, é um hormônio essencial à vida, produzido pelo pâncreas. Ela retira a glicose do sangue e a leva para as células, participa do metabolismo de gorduras, entre outras atribuições.
A resistência insulínica corresponde, portanto, à dificuldade que esse hormônio encontra para exercer suas funções adequadamente. Quando a ação da insulina é menos efetiva, o pâncreas é “obrigado” a aumentar a sua produção. Com isso, o nível de insulina no sangue se eleva.
Quais são as causas, sintomas e tratamento dessa condição?
As principais causas da síndrome metabólica são a obesidade, o sedentarismo e a alimentação inadequada. Além disso, outros fatores, como o estresse crônico, o tabagismo e determinados fatores genéticos também favorecem sua ocorrência. Por conta disso, as doenças metabólicas são consideradas como enfermidades típicas da civilização moderna.
Na maioria das vezes, os portadores de SM não apresentam sintomas e se sentem bem. Entretanto, encontram-se em alto risco para o desenvolvimento de doenças graves, como diabetes e cardiopatias.
O tratamento da SM exige mudanças nos hábitos de vida. É o caso da alimentação saudável e equilibrada, associada à prática regular de atividades físicas, controle do estresse e cessação do tabagismo.
Por vezes, o uso de medicamentos também pode ser necessário. Os mais comuns são os sensibilizadores da insulina, os anti-hipertensivos e/ou os remédios para baixar as taxas de gordura no sangue.
Quais são as doenças relacionadas à SM?
Como explicado, a síndrome metabólica descreve um conjunto de fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver uma série de doenças. Essas, portanto, surgem quando os processos metabólicos normais são alterados. São exemplos:
- doenças cardiovasculares;
- dislipidemias;
- diabetes tipo 2;
- hipertensão arterial;
- demência;
- gota;
- síndrome dos ovários policísticos (SOP), em mulheres;
- doença gordurosa não alcoólica do fígado;
- doença renal crônica;
- apneia obstrutiva do sono;
- disfunção erétil, em homens;
- câncer.
Como prevenir e diagnosticar a SM?
Manter o peso corporal adequado e melhorar o estilo de vida são medidas fundamentais para prevenir a síndrome metabólica. Também é necessário fazer os check-ups de saúde, por meio dos exames periódicos.
Caso a pessoa apresente fatores de risco importantes, como hiperglicemia, dislipidemia, entre outros, deve-se procurar um endocrinologista, o médico especialista em hormônios e metabolismo. Para chegar ao diagnóstico da SM, ele se baseia:
- na medição da circunferência abdominal;
- na aferição da pressão arterial;
- nos resultados de exames de sangue, principalmente, para verificação dos níveis de glicose, colesterol e gorduras (lipídios);
- nos resultados de testes bioquímicos (como cromatografia de açúcares e de aminoácidos na urina), para diagnosticar erros inatos do metabolismo — indicados quando há suspeita de síndromes metabólicas hereditárias;
- nos resultados de testes genéticos, novamente, indicados para detectar síndromes metabólicas hereditárias.
Assim, o diagnóstico da SM exige tanto a avaliação física, como a realização de exames laboratoriais. Vale destacar que essa condição, característica do estilo de vida moderno, pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do gênero e idade.
Para concluir, a síndrome metabólica é associada ao desenvolvimento de diversas doenças, as quais podem levar a complicações graves ou, até mesmo, a óbito. Portanto, reveja seus hábitos, corrija o que for preciso e mantenha os check-ups médicos em dia. Sua saúde e qualidade de vida dependem disso!
Em caso de dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato. Aproveite, também, para seguir o Anga no Facebook e Instagram e se mantenha bem informado com os nossos conteúdos!
